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sábado, 30 de agosto de 2008

A POLÍTICA ANTIGA DE BATURITÉ ( 1ª parte )


A POLÍTICA ANTIGA DE BATURITÉ (I)
Mario Mendes Junior
No governo de Faustino de Albuquerque (1947-1951) a política do Ceará pega fogo quando a Assembléia, através de voto indireto, elege o inimigo e adversário de véspera, Menezes Pimentel, para vice do governador, e, este, por desafronta, usou a máquina do governo para fazer prefeitos udenistas. Nesse ambiente de fornalha Faustino, ao satisfazer seu desejo, esquenta a rivalidade dos caciques municipais, e, por conseqüência, abriu caminho para as forças políticas emergentes.
Quando os lojistas Mario Mendes e Mesquita Pinheiro, o relojoeiro José Farias, o industrial e comerciante José Ricardo da Silveira, o farmacêutico Oziel Rabelo e o contador José Francelino, retornaram de Paulo Afonso, onde, em excursão, foram conhecer a cachoeira, encontraram Baturité respirando política. O hoteleiro Canuto Ferro de Alencar, Presidente da Câmara, substituía Raimundo Viana, o prefeito efetivo, que se encontrava no exterior.
Rompia o segundo trimestre do ano eleitoral de 1950, e o aguçado espírito político do Zé Ricardo induz o grupo a se compor numa terceira força, capaz de derrotar os tradicionais donos dos colégios eleitorais, que, conflitantes, então, se denegriam em polêmicas e trocas de desaforos, pendengas, até, ficadas na memória mesma do folclore político do lugar:
- João Ramos - dizia o coronel Ananias Arruda - é tão miserável que não pinta, nem, sua casa!
A isso, em cima da bucha, o coronel João Ramos, respondia:
- É melhor ter a casa suja e a consciência limpa, do que a casa limpa e a consciência suja!
Atividade que mais profundamente atinge a vida do interior, a política roceira, não permite, a ninguém, se ausentar dela enquanto se aproximam as eleições. No calor da emulação, ao invés de se compor com um coronel, parido de gerações acostumadas a triturar a paciência do povo com a mesmice, e, do outro lado, mais um coronel que a tudo examinava sob o ponto de vista religioso, os chegado da caravana, penderam para o contrário e corroboraram a idéia do Zé Ricardo.
Acudido pelos acenos do PSP, Partido Social Progressista, de Adhemar de Barros e de Olavo Oliveira, a nova força se organiza em diretório, a saber: Mario Mendes, Presidente; Francisco Mesquita Pinheiro, Vice-Presidente; João Paulino Pinheiro, Secretário; Raimundo Castelo Silveira, Tesoureiro; Edivo Campos, José Farias dos Santos, Manoel Castelo Branco, Eliziário Gomes e Emídio Castelo da Silveira, Diretores.
Altivo até a insolência, orgulhoso até o egotismo, sem ter cargo no diretório, Oziel Rabelo, impõe, ao diretório do PSP, o nome do Dr. Álcimo Cavalcante Aguiar, como postulante à prefeitura. O nome de Zé Ricardo ficou para outra vez!

Mario Mendes Jr. Bacharel em Direito e Empresário.


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