DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

terça-feira, 19 de agosto de 2008


A PRAÇA SANTA LUZIA DE BATURITÉ

Por Mario Mendes Junior*

Hoje quadrilátera, a principal praça de Baturité, na primeira metade dos anos de 1930, foi concebida com uma via transversal, pavimentada de pedra tosca, interligando a Rua 15 de Novembro à Dom Bosco. Assim desenhado, o lugar público revelava a visão futurista do seu idealizador, uma vez que, naquele tempo, quase não existia trafego de veículos motorizados. Se apreciada pelo efeito arquitetônico, a abertura diagonal tracejava uma hipotenusa dividindo o quadrilátero em dois triângulos retângulos bordados de calçadas cimentadas, enfileiradas de bancos de madeira cada qual com uma muda de fícus benjamins, plantada, para sombreá-los depois de crescidos.
A 22 de outubro de 1933, antes da inauguração, o prefeito Ozimo Alencar abriu um plebiscito popular para escolha do nome da praça, e a dez de outubro do mesmo ano, uma comissão presidida pelo major Pedro Mendes Machado, apurou os votos, que se seguem: Praça Dr. Carneiro 2 votos, Praça Coronel Joaquim Mattos 16 votos, Praça Coronel Raimundo Maciel 21, venceu, porém com 685 o nome que até hoje permanece Praça Santa Luzia.
Na Capital da Serra, na década de 1950, tudo resplandecia. Jardim florido, canto mais pitoresco do lugar, o verde das árvores modeladas emprestavam à Praça Santa Luzia, de então, o caráter de cartão postal da cidade.
No triangulo do poente, em frente à casa do banqueiro Virgilio Bezerra, um benjamim, modelado qual jardim europeu, representava um elefante de tromba alevantada. Um pouco mais abaixo, em frente à casa do português Manoel Simões, a maestria do jardineiro escultor transformou duas árvores na figura de um avião. Ainda, nesse triangulo, em frente à Pensão Canuto, plantas menores decoravam um bosque florido, redondo, com bancos de madeira, pintados de vermelho, com suporte de ferro fundido, todos fixados de modo, que, seus freqüentadores, reunidos, pudessem conversar de frente uns para outros. Para mais além, depois do enorme tangue dágua, para irrigar o jardim, mas, às vezes, mal usado como piscina, bem na aresta do ângulo reto, de frente à casa que pertenceu ao coronel José Pinto do Carmo, outro benjamim simulava uma ave, pondo ou chocando seus ovos num ninho em forma de cubo. No triangulo do lado do sol, em frente ao Barracão das Carnes, que injusticavelmente foi demolido para dar lugar ao atual prédio do Banco do Brasil, uma touceira arbórea rasteira, idealizava uma estrela, adiante duas árvores se avultavam de cada lado do coreto e se abraçando no centro daquele palco a céu aberto, para delinear a escultura, obra prima do escultor de arvores anônimo: uma lira símbolo da música tantas vezes tocada, ali mesmo, em inolvidáveis retretas. Ainda, nesse segundo triangulo um benjamim muito crescido, em cima de um cubo de galhos e folhas, ostentava a estrela do ESPERANTO, um tributo à língua

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