DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

domingo, 25 de agosto de 2013

MISTÉRIO INTERIOR

MISTÉRIO INTERIOR

GRACINDA CALADO

Se ouvires o vento chamar,

E a brisa leve teu corpo tocar

Sou eu que te chamo ligeiro,

Para o meu corpo abraçar.



Se ouvires o meu sussurrar

Cheio de grande emoção

É minha alma que chora

Para implorar teu perdão.



O amor que guardo em meu peito

Ninguém jamais pode calcular,

Nem meus olhos podem dizer

O quanto posso te amar!



Por onde andas meu amor,

Que plagas te escondes?

Vem, que aqui estou esperar!!



Já calou o vento e acalmou o mar,

O sol fugiu e a noite chegou

Com seus mistérios e as estrelas

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

UMA VIAGEM AO PASSADO

UMA VIAGEM AO PASSADO

Gracinda Calado

Saindo de Fortaleza, rumo ao interior do Estado do Ceará, principalmente sertão sul, nos deparávamos com surpresas incalculáveis nas terras áridas do Nordeste.

No caminho passava boi, passava boiada, árvores e plantações de algodão e roçados floridos em pleno mês de Junho/julho, planícies, e plantações de cana de açúcar, que se emolduravam em plena cidade de Redenção.

Na frente, curvas e ladeiras desbravadas no coração da serra de Itapaì, deixavam um friozinho no peito, e logo o medo ia embora quando o pensamento viajava nas ondas da música da máquina a vapor: “café com pão, café com pão”, e o coração batia forte rumo aos sonhos e as fantasias da juventude, e para atrás as saudades e lembranças das boas férias.

Nas curvas do caminho o vento batia em nosso rosto juvenil, sentíamos o gosto e o perfume das frutas da estação quase chuvosa, e a beleza natural das flores que se descortinava aos nossos olhos!

Lá ia o trem, subindo e descendo a ladeira! A querida maria-fumça, contornava as curvas perigosas nas encostas da serra.O cheiro de mato e de eucaliptos deixava um perfume no ar, e o prazer da viagem aumentava e logo chegaria ao destino desejado, a cidade de Baturité.

Quando o trem parava na estação a variedade de guloseimas e frutas eram vendidas em tabuleiros,e as uvas preta em cestinhas, muito procuradas pelos passageiros do trem. A máquina demorava um pouco a fim de se abastecer de água e carvão que logo foi substituído por óleo diesel.

Da estação avistava-se a cordilheira de montanhas que formavam o maciço com seu verde dégradé e seu clima ameno, era um convite a todos que chegavam na cidade para conhecer as belezas da terra.

Os passageiros desciam do trem e logo ficavam curiosos com as ladeiras de nossa cidade, o verde em suas praças, e os encantadores benjamins, como também seus floridos jardins.

Aos que partiam, uma saudade gravada em seus corações.

Aos que ficavam, a alegria de voltar ao torrão natal!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A DANÇA DAS BORBOLETAS

(Minhas memórias de Baturité)



Gracinda Calado



Uma borboleta chegou muito faceira, invadiu o jardim e ficou.

Dançou e rodopiou na roseira.

Chegou assim de repente, sem pedir licença a ninguém.

Fez festa nas flores, sugou o mel de todas elas e dançou.



Chegaram outras borboletas...

Na dança das borboletas eu sonhei.

Na dança das borboletas eu imaginei você sorrindo...

Na dança das borboletas o seu amor era lindo!

Lindo, colorido de mil cores sem igual.



A borboleta faceira era azul me entreguei;

A borboleta vermelha era bailarina, dancei.

As cores rosadas eram das borboletas elegantes, não competi.

A borboleta amarela era a mais singela, atrativa e sensual...

No meu sonho eu era a borboleta lilás, agressiva, poderosa sem igual.

Você fazia parte do meu sonho, das minhas cores e da minha vida.

Você era a roseira preferida de todas as borboletas do jardim!

sábado, 10 de agosto de 2013

DOCE VISÃO

DOCE VISÃO

GRACINDA CALADO BARROS

SENTA AQUI COMIGO AGORA!

VAMOS CONVERSAR PAI ,COMO FAZÍAMOS OUTRORA?

QUERO OUVIR DE TEUS LÁBIOS

AS AMARGAS EXPERIÊNCIAS DA VIDA QUE LEVASTE;

QUERO OUVIR DE TI O LAMENTO DE TEUS DIAS.

EMBALAR-ME NA TUA CANÇÃO!

SONHAR QUE ÉS REAL E VERDADEIRO.

SENTA AQUI COMIGO AGORA!

CONTA-ME UMA HISTÓRIA, ALEGRE OU TRISTE.

QUERO SER PORTADORA DOS TEUS DESEJOS, DOS TEUS SONHOS...

CHEGA MAIS PARA PERTO,

VELA MEU SONO, EMBALA MINHA CANÇÃO.

APERTA-ME EM TEU PEITO,

Ó MIRAGEM EM FORMA DE ORAÇÃO!

Ó SOMBRAS DA MADRUGADA EM FORMA DE SONHO!

Ó ILUSÃO PASSAGEIRA!

QUERO COBRIR-TE DE FLORES ORVALHADAS DA NOITE!

EMBRIAGAR-ME NA LUZ E NO PERFUME QE EMANA DE TI.

DOCE ILUSÃO PASSAGEIRA DA MADRUGADA!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A RUA, A PRAÇA, O JARDIM 
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Gracinda Calado



Passo na rua da minha cidade,

Meus pés caminham encharcados pelo orvalho da noite passada...

Atravesso a praça dos amores, que outrora eu vinha

Declarar minha paixão e meu amor.

Ainda ouço a música que toca verdadeira, igual àquela que

Em outras ocasiões tocava!.



A grama molhada deu-me a impressão

Que as lágrimas da noite foram derramadas na madrugada.

Um raio de sol surge alimentando a alma da gente.

Uma flor se abre no jardim da praça, tão alva como algodão.

As pessoas passam como sem dar atenção,

Que ali uma história aconteceu outrora com alguém.



Tento sorrir, tento chorar com minhas lembranças,

Em vão soluço o pranto que já se foi...

Minha alma chora calada resistente, acalantada,

Ao ouvir plangentes violões na rua da esperança.

Um toque, um sinal, no sino da igreja diz:

É hora de rezar, orar ao Menino-Jesus.



Não sei onde ficaram as lembranças

De um passado bom e muito feliz,

Onde se escondem as recordações e saudades,

Da linda história de amor que um dia acabou,

Sem nenhum sinal, sem despedida, nem beijos,

Sem uma palavra, sem emoção, sem desejos.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

MAIO DE 1941

Chão molhado, chuva caindo lá fora

No coração de uma mãe a longa espera,

Cheiro de jasmins no ar, rosas desabrocham,

Ao som do sino da matriz.



A natureza toda compartilha da espera,

Aquece os corações naquela manhã fria,

Na igreja o padre reza uma oração,

A cidade começa a caminhar em passos lentos...



São 5 horas, corpos se espreguiçam,

O cheiro de terra molhada anuncia a chuva que cai.



Dentro de casa ela sofre a dor do parto

É minha mãe na doce paciência.

Quem virá, menino ou menina?

De repente um choro rompe aquele ritual,

A luz em meus olhos brilhou mais forte,

O mundo me recebeu naquela manhã fria,

Senti o cheiro do café pela primeira vez,