DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

ATENÇÃO! ATENÇÃO!!!!!

UMA NOTA DE REPÚDIO


BATURITÉ UMA DAS MELHORES CIDADES DO CEARÁ, FOI DESMORALIZADA COMO TAMBÉM TODOS NÓS SEUS FILHOS POR UM SITE IRRESPONSÁVEL, CHEIO DE BRINCADEIRAS E DESENFORMAÇÃO E FALTA DE RESPEITO, CHAMADO DESCICLOPEDIA.
VAI AQUI NESSE BLOG O MEU REPÚDIO E TODO O MEU RANCOR AOS RESPONSAVEIS POR ISSO.
VEMOS QUE SÃO PESSOAS MAL INFORMADAS, QUE NÃO CONHECEM A CIDADE E O VALOR POLITICO E CULTURAL QUE ELA TEM.
DEVE SER ALGUM DESOCUPADO (S) QUE VÃO A BATURITÉ APENAS PARA PROVAR DO PRODUTO DE SUA CANA E SE ABASTECER DE BEBIDAS QUENTES COMO MOSTRA O SITE.
PRECISAMOS TOMAR PROVIDENCIAS JURÍDICAS COM FATOS IGUAIS A ESTE.
DEFENDEREMOS A MORAL DE NOSSO POVO E DE NOSSA GENTE.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MINHA QUERIDA CIDADE



MINHA QUERIDA CIDADE


Gracinda Calado


Quase escondida em um canto da seara, ela está altaneira, garbosa, elegante, tal uma noiva à espera de seu noivo.


Durante toda a sua vida espreguiçou-se para o sol e debruçou-se nos braços da lua.


Sua beleza aparece permeando as serranias onde o verde é mais verde que os papagaios e os periquitos, que dançam nos galhos das árvores.


Seu perfume é o das rosas e dos jasmins silvestres;


Ornada de girassóis e belos canaviais deixa exalarem o odor do campo e dos laranjais.


O extrato que escorre de sua seiva cheira a café, fruta madura dos deuses,


Abençoada pelos seus colonizadores que não se cansaram de plantar os seus grãos.


Cidade dos meus sonhos e das minhas paixões de criança e adolescente;


Que me viu nascer e crescer nos braços das madrugadas frias.


Seu cantar é de amores que se foram e que irão, fazendo o ciclo perfeito da vida continuar.


Mulher forte e corajosa de lindas histórias e de alegres lembranças.


Cidade dos meus encantos e das minhas recordações.


Oh Luar belo! Mais que belas são suas noites enluaradas parecem noivas de véu e grinalda brancas no altar de Deus.


As estrelas de seu céu brilham mais que os olhos dos animais de suas serras e de suas encostas verdejantes.


O seu gosto é o das frutas mais gostosas dos pomares e dos mananciais.


Baturité, cidade querida e amada pelos seus filhos e por todos aqueles que aprenderam a amá-la!


MINHA VOZ



MINHA VOZ


Gracinda Calado


Minha voz é o som da minha alma,


Ninguém ouve nem ouvirá um dia,


É o som gerado no ventre da terra,


Doce mel que embala e acalma.



Minha voz é o ar que eu respiro,


Canção de um coração apaixonado,


Minha voz é o canto das sereias,


Eco de saudade grito e suspiro.



Minha voz é o grito aventureiro,


O pranto de uma mãe aflita,


O canto dos pássaros no arvoredo,


O lamento, o canto derradeiro.



LEMBRANÇAS...


Gracinda Calado



Uma das maiores lembranças que tenho da minha infância é da Igreja do Rosário de Fátima.


Ficava perto da minha casa, na Avenida Proença em Baturite.


De lá eu podia vê-la, humilde e grande ao mesmo tempo, na sua majestosa arquitetura secular.


Ficava no cruzamento de duas ruas e sempre estava fechada.


Quando havia missa eu corria para vê-la de perto por dentro e admirar a beleza da estátua de N. Senhora do Rosário de Fátima.


Tinha um Menino Jesus tão lindo parecia verdadeiro.



A Igrejinha servia de orientação aos transeuntes que se dirigiam a outras cidades do Maciço, determinando o norte e o sul da cidade.


Apesar de quase adolescente não entendia muito bem das determinações que regiam uma cidade.


De repente vou morar em outro bairro, no sitio em um bairro chamado Lages.


Era um lugar em inicio de desenvolvimento. Fiquei com muita saudade da minha igrejinha, que todos os dias quando eu acordava olhava para ela como se ela fizesse parte de mim.


Qual foi a minha surpresa, passei por ali certo dia, onde eu apreciava a igrejinha, ela não estava mais no lugar. Foi derrubada...


Quão grande foi a minha decepção e tristeza, a igreja de N. Senhora do Rosário não existia mais.


Chorei naquela noite.


Os anos se passaram, nunca mais eu vi a minha santinha!


Passeando no bairro onde fui morar encontrei uma construção, me aproximei e perguntei ao encarregado:


_ Que construção é esta?


Ele me respondeu com segurança: “É a igreja de N. Senhora do Rosário de Fátima, aquela que foi retirada do meio da rua no centro da cidade.”


Fiquei nervosamente emocionada e só Deus sabia o que se passava no meu coração!


Pensei: Ela veio pra perto de mim!


Fiz de tudo para ajudar na sua construção incentivando meus pais a fazê-lo.


A igreja foi inaugurada com grande festa!


À tardinha o sino tocava para o terço comandado pelo Sr. Josué, que tinha todo carinho por ela.


Fiquei feliz!


Porém não me esqueço de tudo que passei com a saída da Igreja de Nossa senhora do Rosário de Fátima do coração da cidade.


Como eu já estava adulta entendi que o progresso obrigou a sua retirada daquele lugar para dar escoamento ao transito que aumentara na cidade.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O PÃO E O LEITE QUE ME SUSTENTARAM



O PÃO E O LEITE QUE ME ALIMENTARAM



GRACINDA CALADO


Onde ficaram tuas lembranças verdadeiras?


Teu sal que o sabor nos dava no alimento,


Onde ficou teu cheiro de café pilado,


O doce mel do açúcar na coalhada,


Onde ficou todo perfume espalhado


Pelo chão da sala e da cozinha?



Sabor igual ao pão francês não há,


Café com leite desnatado no fogão.


Ainda sinto o sabor dos teus beijus,


Tuas cocadas feitas de marrom glacê,


O leite mugido na hora certa matinal,


O fubá para fazer o saboroso angu.



Minha querida Maria soprando o fogão à lenha,


Sustentava o abano de palha pra lá e pra cá,


Dedicava-se de corpo e alma o cuscuz fazer,


Como se fosse sua, a vida dos que dela precisavam.



O alimento era a solução do corpo,


O amor era o alimento da alma.


A reza e a união as forças que sustentavam a fé.


O pão todos os dias bem fresquinho,


Deslizando nele a nata branca.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

JARDINS ANTIGOS DE BATURITÉ

JARDINS ANTIGOS DE BAURITÉ

Gracinda Calado

Ainda me lembro dos belos jardins da minha cidade.

O perfume contagiava a praça.

Na entrada um arco de flores desabrochava nos ares,

Enfeitando e animando tudo ao seu redor.

A luz da primavera transformava-se em magia e perfume que embalsamava os ares.

As brisas da serra varriam as árvores silenciosamente atentas aos ecos das serranias.

Em cada canto da praça enormes benjamins esculpidos em formas de animais,

estrelas, avião, e outros, adornavam aquele recanto da cidade.

Verdadeiras obras de arte envaideciam os filhos da terra e encantavam os visitantes.

Os jardins foram planejados em formas geométricas obedecendo à geografia do lugar.

Ao redor do jardim casarões seculares desfilavam garbosamente dando mais beleza ao ambiente.

Em um dos lados do jardim um bosque, onde flores e trepadeiras explodiam em verdes e coloridos

sobre o caramanchão, iluminado com o clarão da lua.

Nas noites de luar era propício aos namorados fazerem suas juras de amor debaixo do caramanchão nos bancos da praça.

Pela manhã o sol e os pássaros vinham beijar as flores que se multiplicavam em cores entre as margaridas e as avencas.

No centro da praça um coreto, que nas noites de primavera recebia a banda da prefeitura

magnificamente sob a batuta do mestre Permínio para alegrar e enlevar os freqüentadores do lugar

com suas valsas e canções de amores.

A banda abrilhantava e deleitava a todos enquanto a lua derramava seus raios de prata sobre toda a cidade.

Baturité viveu o auge de seu tempo, e a sociedade os prazeres naturais do seu clima ameno

que favorecia tanta beleza aos nossos olhos espalhada por toda a cidade.

Os grandes saraus poéticos aconteciam nas casas de amigos ou dos intelectuais e músicos da cidade.

As noites eram plácidas e frias no mês de Junho enquanto se aproveitavam as férias escolares.

Quantas saudades do perfume das ‘angélicas, das borboletas, das estrelas, dos jasmins, das rosas meninas, dos bugaris’

Que embriagavam o ar e nossos corações naquelas noites estreladas.

sábado, 4 de julho de 2009

SAUDADES DO "JACARÉ"


SAUDADES DO “JACARÉ

Gracinda Calado

Ele era uma figura impressionante!
O seu coração não tinha tamanho quando se relacionava com alguém, de tanto que ele se entregava a serviço do outro.
Em todas as ocasiões se podia contar com ele, fosse pobre ou fosse rico, preto ou branco ele estava sempre disponível para atender ou servir alguém.
Era um cara amável, aproveitava a vida em todos os sentidos, na sua alegria de viver e de prazer nas grandes rodas de amigos.
Ele era o irmão de todos, o namorado, o amigo, a alegria era uma constante em sua vida.
Muitas vezes senti-me segura ao seu lado quando nas festas e nos passeios que fazíamos em grandes grupos, ou nos grandes papos debaixo dos lindos benjamins, ou nas noites de lua na pracinha da cidade, ou nas casas dos amigos.
Em todos os bailes lá estava ele sempre pronto para cooperar com todos ou com qualquer coisa para que a festa se realizasse.
Nos anos sessenta nosso grande amigo fez parte da nossa vida. Sua atuação nos grandes eventos era imprescindível principalmente formando pares de danças, em todos os tempos de nossa juventude. Nos festejos de são João, nas quadrilhas bem marcadas, nas festas de fim de ano, na festa das flores no mês de maio, nos leilões, nas quermesses, em todas as ocasiões sociais lá estava ele sempre disposto marcando sua admirável presença.
Alma pura, delicado, amável, não havia ninguém do seu circulo de amizades que não o amasse. Morreu muito cedo, quase de repente deixando em nossos corações muitas saudades.
Que saudades de José Helder, carinhosamente conhecido por “Jacaré”!