DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A CHEGADA DO TREM EM BATURITÉ




A CHEGADA DO TREM EM BATURITÉ.
Gracinda Calado

Foi longe o tempo em que em Baturité o único transporte de passageiros era o trem, da RVC.
Nos anos sessenta ainda alcancei a chegada do trem que ia para o Crato levando esperança e muita alegria aos estudantes na época de férias.
Era uma época muito bonita em que todos logo faziam amizade durante a viagem e seguiam na maior animação.
O trem era ainda conduzido pela máquina à carvão e seus bancos eram bem confortáveis.
Lá nas entranhas das serras ou nas curvas do caminho se avistava a fumaça que dominava o espaço como uma nuvem espessa de carvão.
Durante a viagem as pessoas se aproveitavam da visão maravilhosa, dos canaviais, das plantações, dos roçados de milho e de feijão na época junina. Os animais que pastavam na beira da estrada, as vaquinhas, os cavalos, e quando o trem chegava a Baturité, as vendedoras de frutas gritavam com os cestos na janela do trem: “Oia as uvas maduras, oia as laranjas e tangerinas, vendo banana seca”, e assim vendiam tudo que ofereciam.
Na época a máquina do trem mais importante era a 400, que carinhosamente o povo chamava de Laura 400. Hoje tem uma réplica dela no bairro Putiu, no museu à disposição de visitação aos turistas e a todos que se interessam saber sua história.
O bairro Putiu fica distante da cidade, é um dos bairros mais antigos e prósperos de Baturité. Em cima do alto fica a Igreja de Cristo Rei que na época de sua festa traz uma grande multidão para festejá-lo.
Na estação de trens, os alunos dos colégios Salesianos, iam sempre para assistir a saída do trem rumo ao Crato ou outras cidades do centro sul.
A animação era total. Momentos de grande lazer naquela hora da manhã, 09h30min precisamente.
Os vendedores de tapioca, tijolim, e outras guloseimas entravam nos carros parados e vendiam aos passageiros seus produtos.
Baturité era conhecida pela fartura que se ofereciam na passagem dos trens.
Que bom se voltasse aquele tempo festivo, inocente, feliz!
Hoje não se conhece um vagão de trem, nem a maravilha que é viajar de trem.
Precisamos resgatar o tempo áureo dos anos dourados da nossa vida!

Um comentário:

Luiz Carlos disse...

É... Esse Putíu tem mesmo um grande valor.

Obrigado por falar dele.