DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

AMPLIDÃO DA NOITE

AMPLIDÃO DA NOITE


Gracinda Calado

Ao longe um ponto luminoso.
Raios de luar amenizam a escuridão.
No céu a lua chega devagar se mostrando toda nua.
Os seus raios insinuantes tocam toda a terra.
Um vento misterioso passa e arrasta a névoa que se esconde entre os rochedos.
Noite de tristeza e solidão, na praia solitária dos amores.
As estrelas cintilam docemente como pingos de luzes no infinito.
Assim é a amplidão da noite na minha cidade.
Casais de namorados embriagados de amor passeiam nessa noite fria.
Um apito vem lá do cais anunciando uma partida ou uma chegada.
Um veleiro passa ligeiro como uma borboleta seguindo a rota da luz.
Na amplidão da noite vultos passeiam para sentir a brisa gostosa do mar.
O mar, velho companheiro das solidões noturnas, testemunha fiel dos namorados,
Amantes do silencio da noite e do frescor do vento,silencia!
Horas são passadas na penumbra da lua, esperando a vez primeira de seus amores,
E dos seus encantos e paixões.
Horas são roubadas ao lado dos amores.
Horas são alimentadas de beijos e de desejos ouvindo a música das ondas.
Meia-noite, já é hora de voltar.



domingo, 28 de abril de 2013

A RUA, A PRAÇA, O JARDIM


 

Gracinda Calado
Passo na rua da minha cidade,
Meus pés caminham encharcados pelo orvalho da noite passada...
Atravesso a praça dos amores, que outrora eu vinha
Declarar minha paixão e meu amor.
Ainda ouço a música que toca verdadeira, igual àquela que
Em outras ocasiões tocava!.
A grama molhada deu-me a impressão
Que as lágrimas da noite foram derramadas na madrugada.
Um raio de sol surge alimentando a alma da gente.
Uma flor se abre no jardim da praça, tão alva como algodão.
As pessoas passam como sem dar atenção,
Que ali uma história aconteceu outrora com alguém.
Tento sorrir, tento chorar com minhas lembranças,
Em vão soluço o pranto que já se foi..
Minha alma chora calada resistente, acalantada,
Ao ouvir plangentes violões na rua da esperança.
Um toque, um sinal, no sino da igreja diz:
É hora de rezar, orar ao Menino-Jesus.
Não sei onde ficaram as lembrança
De um passado bom e muito feliz,
Onde se escondem as recordações e saudades,
Da linda história de amor que um dia acabou,
Sem nenhum sinal, sem despedida, nem beijos,
Sem uma palavra, sem emoção, sem desejos.



sexta-feira, 26 de abril de 2013

PLANETA AZUL



Gracinda Calado

Esta bola azul como cristal, é o planeta em que vivemos!

É a criação perfeita de Deus, onde nascem os viveiros de pássaros que voam livres no horizonte anil. Canteiros e jardins de flores tropicais, onde brota a grama fresca e os alimentos para os animais.

Planeta terra, cheio de águas puras cristalinas e de peixes variados nas profundezas dos mares.

Ecossistema invejável que encanta todos os lugares do planeta e beneficia todos os homens e mulheres!

Desde as cordilheiras aos mais insignificantes lugares, aos mais longínquos desertos de areia e neve, onde o sol desponta fazendo malabarismos no arrebol, planeta terra onde existe a vida em abundancia tanto no ar, no chão ou no mar, nas profundezas dos grandes oceanos, nas correntezas dos rios, nos solos mais profundos e cheios de mistérios, onde se escondem os minerais. Nas areias brancas como rendas, nas planícies ensolaradas, nas montanhas verdejantes...

O homem velho descobridor de terras e de mares, dono das riquezas que brotam da terra fértil, caprichoso se aproveita da imensidão desses lugares para interferir na natureza que lhe oferece tudo de graça.

Bilhões de pessoas abusam de sua grandeza para lhe tirar proveitos fáceis. Poucos são os que cuidam desse planeta!

Planeta terra, coração do mundo, sacrário dos sonhos e das ilusões do universo, onde pulsa os corações universais do amor!

Cuidemos desse planeta, ele é nossa morada e nosso lar!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A CHUVA



Gracinda Calado

Chuva que cai na alma, difícil de se entender,

São teus olhos chorando,

Com vontade de me ver.
A noite vem forte calada, se instala sem permissão,

Enquanto o pranto escorre

Dentro do meu coração.

Chuva que cai no telhado, molha teu peito e o meu,

Arrasta esperanças guardadas,

No meu coração e no teu.

Chuva que trás esperanças, de fartura e de bonança,

É como um doce alívio,

pra amenizar o meu pranto.





sexta-feira, 19 de abril de 2013

CENÁRIOS DE VIDA

CENÁRIOS DE VIDA

Gracinda Calado

Nossa infância marca um cenário de nossa vida.

Somos crianças ainda pequenas, indefesas, dependentes.

Seguimos os rastros da luz, caminhamos sem destino, sem nada questionar.

Queremos explicações de tudo que nos rodeia, nos incomoda, nos aflige e nos castiga.

Crescemos adolescentes, sem muitas explicações. Só vemos o que nos interessa e só queremos o que não é pra querer, assim dizem nossos pais.

Estudamos, brincamos, corremos, cantamos, a vida é pura alegria, porém de repente tudo fica chato, cinzento, triste, nada queremos. Que cenário esquisito!

Logo seremos adultos, melhorar ou piorar...

Somos adultos: aí tudo se complica. Sabemos de tudo, temos a sabedoria incondicional dos poderosos, dos que marcam suas vidas com a experiência majestosa dos que viveram mais e aprenderam mais.

Temos mais problemas existenciais, sentimentais, culturais, sociais, financeiros, amorosos, de relacionamentos etc.

Em nossa vida vivemos aprendendo e errando, errando e aprendendo, em todos os momentos somos policiados por nós mesmos, pelos outros, pela sociedade que não nos paga nada pra isso. Nossa vida é uma escravidão social, onde o que vale é o que tem mais, onde deveria ser o que ‘é mais e oferece mais’. É o cenário da incoerência.

Quando ficamos idosos, velhos e carentes, somos incompreendidos pelos familiares e pelos amigos somos abandonados. Quem se arrisca a querer ser nosso amigo?

Somos inúteis, incompetentes, desajeitados, doentes, desarrumados, surdos, mudos, só falamos demais...O nosso cenário é de penúria e doçura. Há os que se penalizam de nós, somos velhinhos, engraçadinhos parece que somos anormais...

Questionamos o porquê vivemos, agora vamos pra onde?

Para o céu dos normais? Já vivemos todos os cenários!