DIVINO ESPÍRITO SANTO DE DEUS!

Divino Espírito Santo de Deus, que derrama sobre todas as pessoas as graças de que merecemos, hoje e sempre nos acompanha nas trajetórias de nossas vida. Amém.

segunda-feira, 26 de março de 2012

(GRUPO GBAC ) FILHOS E AMIGOS DE BATURITÉ

FOTOS DO ANIVERSÁRIO DO CARLINHO VIANA, NO MARINA´S


AMIGOS SÃO ESTRELAS...

Gracinda Calado
AMIGOS E ESTRELAS SE CONFUNDEM
BRILHAM NO CÉU A TODA HORA...
VIVEM DA LUZ QUE COBRE A NOITE ESCURA
DEIXAM UM RASTRO ENCANDESCENTE DE LUAR...
AMIGOS SÃO PÉROLAS ORVALHADAS
SÃO JÓIAS PURAS RELUZENTES,
SÃO DÁDIVAS SAÍDAS DAS PROFUNDEZAS DO MAR...
SÃO RAIOS DE LUZ FLUORESCENTE.
AMIGOS SÃO ANJOS QUE PASSEIAM
NAS NOITES DE NOSSAS VIDAS
SÃO TESOUROS BEM GUARDADOS
COMO JÓIAS PRECIOSAS ESCONDIDAS.
AMIGOS SÃO COMO VOCÊS...QUE
ENTRARAM EM MINHA VIDA E ME FIZERAM VIVER!



Homenagem aos aniversariantes deste mês:


Julio Sampaio/ Carlinho Viana (Mês de Fevereiro)


Nina Moreira Viana (Mês de Março)

terça-feira, 20 de março de 2012

 GRUPO GBAC DE FILHOS E AMIGOS DE BATURITÉ
APRESETA FOTOS DOS NOSSOS ENCONTROS E DE ANIVESARIANTES, PARA VOCÊS ACOMPANHAREM O NOSSO MOVIMENTO A PARTI DE HOJE.

VEJAM SE CONHECEM ALGUNS DOS IRMÃOS BATURITEENSES?



A RUA A PRAÇA O JARDIM

Gracinda Calado

Passo na rua da minha cidade,
Meus pés caminham encharcados pelo orvalho da noite passada...
Atravesso a praça dos amores, que outrora eu vinha
Declarar minha paixão e meu amor.
Ainda ouço a música que toca verdadeira, igual àquela que
Em outras ocasiões tocava!.
A grama molhada deu-me a impressão
Que as lágrimas da noite foram derramadas na madrugada.
Um raio de sol surge alimentando a alma da gente.
Uma flor se abre no jardim da praça, tão alva como algodão.
As pessoas passam como sem dar atenção,
Que ali uma história aconteceu outrora com alguém.
Tento sorrir, tento chorar com minhas lembranças,
Em vão soluço o pranto que já se foi...
Minha alma chora calada resistente, acalantada,
Ao ouvir plangentes violões na rua da esperança.
Um toque, um sinal, no sino da igreja diz:
É hora de rezar, orar ao Menino-Jesus.
Não sei onde ficaram as lembranças
De um passado bom e muito feliz,
Onde se escondem as recordações e saudades,
Da linda história de amor que um dia acabou,
Sem nenhum sinal, sem despedida, nem beijos,
Sem uma palavra, sem emoção, sem desejos.







A COR MARROM

Gracinda Calado

Que seria do branco se não fosse o marrom com suas nuances claras e escuras trazidas pelo calor e a luz do sol!
Nos desertos as cordilheiras de areias de tonalidades variadas de marrom se misturam ao branco da areia e ao ouro do sol.
Nas grandes matas tropicais e florestas densas, animais de grandes portes de pele escura ou plumagens cor da terra desfilam suas belezas à luz do solstício confundem-se com plantas que nos dão seus frutos deliciosos.
O chocolate que consumimos extraídos do cacau, alimento exótico, sensual da cor de nossa pele morena.
No solo forte onde tiramos o barro escuro, jorra água límpida que mata a sede e serve de alimento para revigorar as energias perdidas e vitalizar nossas células.
No chão, folhas secas caídas ao solo voam ao sopro do vento, exibem o seu brilho natural e mais tarde se transformam em adubo para alimentar as plantas que nos dão seus frutos.
A pele macia e sedosa das mulatas que causa inveja a muitos estrangeiros, cuja mistura de raça, herança de nossos ancestrais originou a nossa cor. Nos músculos fortes e rígidos dos mulatos o cenário emoldurado dos trabalhadores da negra etnia de nossa brasilidade.
As árvores que exalam perfumes de suas flores escuras, sucos e chás nos servem de remédio e calmante como a ‘canela’, planta trazida da África para nossa flora tropical. Além de tudo as árvores que nos dão seus caules marrons de todos os tons, servem na fabricação dos móveis e de construção de casas e fortes habitações.
A cor marrom, da cor da terra que pisamos e dela tiramos o nosso sustento, um dia servirá de sepultura e guardará para sempre nossos corpos.



segunda-feira, 19 de março de 2012

O RIO QUE CORRE NO MEU CORAÇÃO

Gracinda Calado

Com os pés mergulhados nas águas do rio que vagarosamente corria sobre as pedras, eu ficava ali horas a fio sentindo o frescor da manhã, além de sentir a presença inconfundível de Deus!


Ao olhar as águas que corriam sem medo e sem tempo para correr, ouvia o canto das águas baixinho como cantiga de ninar, animando o meu coração refrescando os meus pés e a minha alma, sentia uma paz tão grande e um enorme equilíbrio na natureza que rodeava as margens do rio.


Vários galhos de árvores frutíferas caíam suavemente nas águas, como uma união entre a terra e o rio.


Os pássaros cantavam gorjeios maravilhosos, difíceis de se esquecer. Aquele era o momento mágico para um balanço do real, verdadeiro caminho da vida, também de projetar novos conceitos para viver bem. Novas reflexões surgiam embaladas pelo perfume das flores que desabrochavam nos galhos das árvores.


De longe eu avistava na outra margem do rio, mulheres lavadeiras que iam todos os dias lavar as roupas dos patrões da cidade. Apreciava o vai e vem das lavadeiras, batendo ou estendendo as roupas nas pedras, depois de tirar-lhes a sujeira toda. À tardinha elas levavam de volta a mesma roupa, já limpinha e perfumada.


Assim era a minha alma, quando eu voltava para casa, ela estava limpa, transparente, tranquila como as águas daquele rio que passava debaixo das árvores.


Muitas vezes voltei àquele lugar para novamente viver os momentos maravilhosos que a natureza sempre me proporcionava!

quarta-feira, 7 de março de 2012

SEGUINDO A TRILHA

GRACINDA CALADO

No começo tudo é maravilhoso!

Os primeiros passos seguem livres e sem dificuldades.
A trilha começa entre os cipós e a mata dá sinais de mistérios.
Os passos rápidos sobem com desenvoltura os caminhos íngremes,enquanto o grupo passa na frente visualizando outros caminhos.
Na frente alguém grita, descobrindo uma clareira. Rastros de animais afloram o nosso medo de caminhar e enfrentar porventura algum perigo.
Seguimos em frente.
Respiramos forte, enquanto o corpo pede água.
Na clareira aproveitamos para refazer as forças e respirar o ar puro da floresta!
Nossos passos são mais fortes no intuito de chegar primeiro.
Os que ficam para trás começam a sentir o que ainda poderá acontecer nessa escalada louca...
O caminho agora segue e divide-se em duas trilhas: a do bem e a do mal.
Como escolher a trilha verdadeira? Vejamos os sinais: Mata fechado, difícil acesso, enquanto os cipós vão complicando nossa passagem pela trilha escolhida. Galhos de árvores caídos pelo chão, dão a impressão de abandono. Ficou mais difícil agora! O que fazer? Passar por cima da grande árvore caída ou contorná-la, enfrentando novos desafios...
Alguém senta num canto e pensa. “Vamos cortar a árvore”. Outros não concordam.
Cortar a árvore, contornar a árvore, passar por cima da árvore caída, ou seguir outro caminho e não passar pela árvore?
Enfim escolhemos contorná-la.
Lá na frente, novas árvores estão caídas, depois de uma noite de tempestade demorada. Novos riscos , novos caminhos ...
O que agora pesa são as necessidades corporais, as dores musculares, a fome, o frio, os arranhões , os dissabores e o arrependimento dessa aventura.
Agora são as pedras e os espinhos!
O que fazer com eles?
Queimemos os espinhos e livraremos o caminho...
Rolemos as pedras e o caminho estará livre!
Será que ainda temos fôlego?
Começamos a nos ajudar segurando uns nos braços dos outros, sentimos desgaste físico.
Enquanto andamos calados avistamos coisas lindas, maravilhosas!
Plantas tropicais, flores que se misturam aos espinhos, milhares de borboletas multicores, mil passarinhos fazem festa pra nós, enquanto a água do riacho canta uma canção e vai levando sua sorte para o mar.
Do alto, despenca a cachoeira com sua força brutal, enquanto ficamos ali parados esperando uma solução para as nossas decisões: parar no caminho, seguir em frente, voltar para a cidade, enfrentar novas aventuras, ou desistir?
Qualquer decisão tomada , é nossa a responsabilidade de tomá-la.
Na nossa vida enfrentamos muitas trilhas, muitos caminhos tortuosos, perigosos.
Muitas dificuldades aparecem de repente, e o que fazer, seguir o caminho , ficar para trás , enfrentar as dificuldades ou desistir?
É necessário que sejamos fortes, que saibamos escolher o caminho certo a seguir.





quinta-feira, 1 de março de 2012

A CSA DA MINHA INFANCIA

A CASA DA MINHA INFANCIA


Gracinda Calado

Olhando o seu retrato, volto a pensar os dias felizes que junto a ela passei. Seus arvoredos me falavam de natureza madura, pura , singela, que falava aos passarinhos, e se entregava toda inteira aos pardais. Vejo seu telhado antigo, desbotado do tempo e dos ventos, inspiravam tranqüilidade e segurança.


Pela manhã no jardim, rosas se abriam como sorrisos de alegria, enquanto os beija-flores ansiosos chegavam para sugar o mel em competição com as abelhas. A força do colibri parado no ar me causava admiração, e as abelhas zumbindo em forma de círculos me deixavam tonta.


Quando olho sua fachada antiga, lembro-me dos casarões da minha cidade, e as ruas enfeitadas de benjamins, suas avenidas ajardinadas e as ladeiras que não me cansava de subir e descer, ora para ir ao colégio, ora para ir à Igreja, ou passear na cidade!


Os jacarés que derramavam água como animais de bocas abertas, encravados na fachada da frente, eram divertimentos nos dias de chuva, onde a criançada disputava um lugar debaixo de cada boca de jacaré para sentir o gosto da chuva caindo em suas cabeças.


Parece que estou ouvindo as palavras de minha mãe chamando para trocar de roupa, ou escovar os dentes, fazer os deveres de casa, sentar à mesa que já era hora de almoço ou jantar. Meu pai gostava de cortar canas e descascá-las para nós, parecia uma festa, ainda ouço o ranger dos dentes de cada um sugando o mel da garapa da caiana.


Na sobremesa era indispensável as frutas do sitio: cajaranas, mangas, bananas, sapotis, atas e muitas outras de época.Felizmente soubemos aproveitar todas as qualidades de vida que a natureza nos presenteou em nossa convivência naquela chácara.


Falei das flores e dos frutos, não podia deixar de falar dos caramanchões que cercavam as laterais da nossa casa. Brincávamos debaixo deles como se fosse o nosso paraíso! Tinha acácias vermelhas, trepadeiras amarelas e florzinhas lilases que não me lembro o nome.


Casa velha, que ainda recordo o meu sono na rede, armada no alpendre do lado. Nela sonhei com pardais, com coqueirais, com o mar, com as praias lindas do meu Ceará e hoje estou aqui vendo o mar e com vontade de voltar para a minha casa antiga na minha linda cidade de Baturité!